Histórias nas minhas terras – Os primórdios
Uma das evidências da presença romana na península é a ponte de Trajano. Erguida em sólido e duro granito transmontano sobre o leito do Rio Tâmega, ligava ambas as margens da importante civitas romana de Aquae Flaviae, correspondente à moderna cidade de Chaves. Esta ponte romana foi uma importante obra de engenharia do eixo viário que estabelecia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e a cidade espanhola de Astorga.
A inscrição que se situa a montante informa que a ponte foi concebida na época do imperador Trajano (finais do século I, inícios do século II d. C.) com o esforço económico dos habitantes de Chaves.
A jusante do resguardo da ponte destaca-se o outro marco-coluna, podendo-se ler neste uma extensa inscrição epigráfica latina, que invoca uma avultada obra pública (não identificada com segurança) realizada em cooperação entre os soldados romanos da 7.a Legião, os habitantes flavienses e mais nove povos circunvizinhos.
Arrasada por Vândalos e conquistada por Suevos e Visigodos, Chaves teve pouco tempo para respirar tranquilamente e reerguer o seu burgo em paz. Com efeito, no século VIII chegava a invasão dos Árabes.
Chaves foi reconquistada aos mouros por D Afonso I (739-757) sendo posteriormente abandonada e vítima da política de terra queimada, já que o rei não dispunha de meios para a conservar e povoar.
No entanto, a conquista definitiva de Chaves aos mouros deu-se no ano de 1160, pelos irmãos Rui e Garcia Lopes, cavaleiros de D. Afonso Henriques, recompensados por este com a atribuição do governo e castelo de Chaves e que estão sepultados no solo da Igreja de Santa Maria Maior.
Sem comentários:
Enviar um comentário