2003/11/14
Somos o país mais pobre da UE
Finalmente! Passados 25 anos voltamos ao lugar que sempre deveria ter sido nosso! Somos oficialmente o país da UE com o Pib mais baixo, 67,3% da média europeia. Os gregos, anteriores titulares desta nobre posição atingiram, este ano, o Pib de 68,9% da média europeia. Antigamente ainda tinhamos a Irlanda nos nossos calcanhares. A Grécia estava bem abaixo dos dois. Na altura da grande expansão económica europeia, a Irlanda aproveitou as oportunidades para implementar reformas de fundo e estruturar a economia numa base de desenvolvimento superior ao dos outros países da UE. Em Grécia, embora em menor escala, foi tomando medidas para conseguir níveis de desenvolvimento sustentáveis.
Mas Portugal não era desses. Enquanto as outras duas formigas trabalhavam, a cigarra portuguesa cantava, dialogava e esbanjava dinheiro. Até um ministro das Finanças apregoava a todo o mundo que eramos o país com mais telemóveis por habitante da UE! O governo, à custa de um tremendo esforço financeiro manteve o preço dos combustíveis inalterado durante um ano. Enfim, éramos um país rico, podíamos fazer destas coisas... Houve muitos (bem, muitos não foram, mas enfim...) projectos para reformas, mas reformas...
Agora culpar-se-á o governo actual por esta situação. Por que já teve tempo de recuperar a economia. Porque já teve tempo para implementar reformas. É assim. A população gosta é de andar enganada, gosta que lhe prometam mundos e fundos, mesmo sabendo que nada irão cumprir. E melhor, não gostam de trabalhar. Querem é ser sustentados ad infinitum por um governo tipo vaca, que nunca pare de jorrar leite das suas múltiplas mamas. Só a esquerda governa assim, logo, quando aparece um governo de direita a impor disciplina, a pôr o dedo na ferida e a chamar os bois pelos nomes, há assobios, insultos, vaias, mas, na horinha de votar quando estamos no aperto as dúvidas lá se dissipam e voto vai para a direita. Afinal, ninguém quer que o país vá à falência ... Ninguém quer a ruptura económica do país e os únicos que o conseguem por de novo em cima são os governos de direita. É como a cigarra e a formiga. Até quando continuaremos nesta alternância que não traz as condições necessárias a um desenvolvimento sustentável e conjuntural?
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