2004/03/15

Europa e Globalização




A Europa tem que assumir cada vez mais protagonismo neste mundo, cada vez mais polarizado, tornando-se uma potência para a regulação do bom funcionamento desta nova era global. Os ideais europeus, mais humanistas e pacifistas têm de imperar sobre um caos de terrorismo e violência que passou a imperar.
Mas, não lhe faltando meios, porque demora tanto esta europa a assumir o seu real papel? Cada vez mais, os seus cidadãos, estão alheados do além-fronteiras. Do pouco que lhes chega, tirando alguns problemas em territórios ultramarinos, que em tempos lhes pertenceram e dos quais é proviniente uma certa faixa da polpulação, quase nada os toca ou os afecta. Presta-se mais atenção às pequenas variações dos índices bolsistas que a crises de fome ou medidas de violência avulsa em certos países do mundo.
Temos um exemplo recente. A crise no Haiti foi largamente divulgada, nem sempre bem é facto, mas muito pouco discutida. No fundo passou ao lado. Era lá tão longe (já agora onde fica o Haiti? Será em África...)! No entanto, com a morte do jornalista espanhol, da Antena 3, em Espanha (é um exemplo) a situação do Haiti passou a ser largamente discutida. Aprofundaram-se as razões e as causas, um país ficou em choque, os cidadãos passaram da indiferença a um acompanhamento crítico do problema. Por vezes são necessários estes dramas que atingem os cidadãos europeus no âmago para os fazer acordar do conformismo, apatia e vivência de questiúnculas regionais que nada de útil trazem ao mundo. Num mundo cada vez mais global em termos económicos e mediáticos são as pequenas questões de terrinha que mais perturbam o europeu. A globalização serviu para nos tornar mais regionais e provincianos. Daí que seja mais difícil aos governos dos 15 implementar verdadeiras medidas de acção política externa concertada.
Beatas





Ao fundo do largo vejo as velhas e negras marmotas, em passos largos e cadenciados, quando momentos antes gemiam e mancavam, dirigirem-se ao Olimpo que as espera, para remirem os pecados cometidos e por cometer. Negros corvos contrastantes com a alva perplexidade que as espera vão enfrentar um Deus que a todos cura e a todos mata.
Vicente




Qual Vicente quero fazer finca pé com um Deus que me oprime. Não quero obedecer ao absurdo de uma qualquer existência sem essência. Quero confrontá-lo, obrigá-lo a recuar. Porque tenho eu de expiar pecados alheios?
Dor de corno.




É uma dor tremenda. Principalmente, quando não se sente. Quando é sentida, com a ajuda de uns kompensans para azia e uma terapia psicológica para cabecinha, até pode ser engolida. Se preciso for, tipo supositório à moda dos putos; fechar os olhos, gemer um pouco e lá vai ela pelo cu acima.


Antigamente é que era bom!!!





Antigamente é que era bom! Casar, montar casa de família com a esposa e um barraquito decente para a amante. Produzir prolífica prole em que cada cabeça de casal era responsável por uns bons cinco ou seis filhos. Legítimos ou ilegítimos lá vinham todos ao mundo.
Assim se evitavam problemas, a hipocrisia levava até a que as mulheres, juntas em bandos de aves palradoras discutissem amantes dos maridos delas e das outras. E assim a demografia portuguesa continuava a produzir portugueses em tão vasta quantidade que até dava para exportar. Agora já não. Como disse Camões, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Os homens de agora já não mantêm as mulheres que têm, quanto mais possíveis amantes. São em boa parte sustentados pelas mulheres. Mesmo em termos de fertilidade só se forem consideradas como aventuras don juanescas a escapadelas a Verín que se estão a tornar prato do dia para os fracotes cá do sítio. Lá, nessas casas onde tudo se mistura. Onde o doutor cumprimenta o trolha. Valha-me Vénus...


2004/03/14

Olá! Sejam vosselências bem vindas ao diário da Parvónia. Aqui colocarei as minhas vivências nesta (mal) dita terra. Acompanhe-me nesta aventura e fiquem a conhecê-la, bem como os seus habitantes. Boas leituras!