2004/05/27










O Futebol Clube do Porto é Campeão Europeu!!!!!

2004/05/16

Estou sem tempo para o blog. E é pena. Mas sem nem para mim tenho tempo.

2004/05/06



Dia 12



O bispo da cidade grande é uma personagem que por si só dará uma bela história. Mas faça-se primeiro uma resenha caricaturesca de sua Eminência (será que os bispos são eminências? Fiz esta pergunta ao padre Manuel e pus o homem de cama e a caldos dois dias...). É alto como uma cadeira, melhor ele é quase uma cadeira. Que não de rodas. Mas passa os dias sentado. É redondo como é da praxe, calvo das canseiras (não) eclesiásticas, chato, surdo, tartamudo e coxo. Ao caminhar move-se em diagonal imitando, engenhosamente, a peça de xadrez com o mesmo nome (o sacana só pode comer p’rós lados, é o que é...). Cospe baba e ranho como todos os eclesiásticos velhos. Os seus sermões (e isto foi-me confidenciado por uma fonte fidedigna) são só um. E nem mesmo essa pérola é original, tratando-se de uma cópia adulterada de um sermão do antigo (e para ele, vá de retro, saudoso) Cardeal Cerejeira (pois é mudam-se os tempos mas não se mudam as vontades. Evolui-se não é? Ou será Revolui-se? Já nem sei...).

Agora vou apresentar-vos pormenores sobre a vida deste bom homem, que era o que as sobrinhas diziam já que eu nunca verifiquei a sua bondade. Os meninos do coro também me lembro que não tinham queixas para este bom homem. Sempre os recheou de bons presentes e os sacos de guloseimas eram diários. Mais uma vez que fique registado. Eu nunca fui menino do coro. Deus me livre. Mas avançando e deixando esta (C)cruz para trás. O bispo, e isso nem o pode negar sempre foi um bom pai de família. Quantos filhos ( eram todos adoptivos, filhos das sobrinhas e de pai incógnito...) este homem estudou, colocou em bons lugares, arranjou bons trabalhos. E sem vínculos biológicos que o ligassem a estes filhos de Deus saberá quem... Abnegado e santo homem. O que nos vale é que ainda vai havendo muitos assim. Ou quando não são abnegados as criadas e sobrinhas (grande lata!!!) vêm dizer que os filhos são dos eclesiásticos. Blasfémia, grito eu! Por agora está feita a resenha do homem, carteiro de Deus. Continuarei numa próxima.

E assim se passou mais um dia desta (nem) sempre entediante vida na Parvónia.







Dia 11



Aqui à dias o Padre Manuel recebeu uma convocatória do bispado para comparecer na Cidade Grande. O velho padre já sabia para o que ia. Este pastor de ovelhas tão malhadas e tresmalhadas só era chamado à presença do dono, perdão, do Sr. Bispo, para levar reprimendas e aturar sermões mais monótonos e entediantes que os seus, sabendo de antemão que lá ia o bispo divagar sobre a escatológica vez em que beijou o Papa.

Foi uma semana de espera dura para o pobre e cansado padre Manuel.

No dia D lá partiu o padre Manuel, no seu Corsa 1.5D, pago pelos cinzentos pecadores que bafiam a igreja da Parvónia, para a Cidade Grande. A reunião era às 11 e o tempo médio para chegar à cidade ronda os vinte minutos. Mas estes padres velhos jogam sempre na antecipação. No dia anterior já tinha mandado a mulher, oops, a sobrinha ou criada, ou lá como ele lhe chama, lavar o carro, dar lustre aos pneus, verificar o óleo, passar-lhe a batina a ferro, dar-lhe banho a ele e preparar-lhe um bom farnel. Estava preparado para sair exactamente às 6 e 45. Um quarto de hora atrasado para aliviar tensões mais carnais. Deu um beijo à mulher, merda, é sobrinha, estúpido, com estas confusões ainda maculas o bom nome do padre Manuel, e pôs-se a caminho.

Por aqui me fico, mas podem estar certos que o melhor ainda está para vir...

E assim se passou mais um dia desta (nem) sempre entediante vida na Parvónia.









2004/05/03

Dia 10



O vibrador da Ti Armanda. Como já vos disse num dia anterior, chegou-me aos ouvidos que esta excelsa exemplar de boa esposa se deslocou à farmácia da vila para comprar um vibrador.

Para começar tenho que vos dizer que ela já está nos sessentas e que o marido faleceu vai para um mês. Como a Ti Armanda, passado tão pouco tempo já anda com tanto fogo poder-se-á concluir uma de duas possibilidades. Ou o marido lhe dava esse calor e ela agora sente falta ou o marido nunca lhe deu o calor que ela realmente precisava e ela, finalmente livre, decidiu aquecer-se por si só. Inclino-me para esta última hipótese.

Como já vos disse anteriormente, a Ti Armanda vendeu o seu voto por um catálogo de uma sex-shop lisboeta. E então, não é que o raio da mulher decidiu partir, de armas e bagagens, para junto de um filho que tem em Lisboa? Coincidência, dirão alguns. Mas cá o vosso amigo é com’á Guidinha Rebelo Pinto... Não há coincidências... Ao que consegui apurar junto de fontes bem colocadas (cá vai mais uma inconfidência minha...) a dita senhora ficou tão entusiasmada com as variedades, cores e motorizações dos vibradores que agora não quer outra coisa onde gastar a reforma (e os vibradores têm vibradores sim senhora! Perguntem às vossas esposas se não acreditam em mim... Esta chalaça teve pouca graça... Enfim...).

E assim se passou mais um dia desta (nem) sempre entediante vida na Parvónia.

2004/05/02

Que perguiça




Não me apetece escrever. Escrever é nada. Não me apetece nada. Que me apetece então? A negação do Nada que seja em si um Nada.