2003/11/29

Cunhal




Imperdoável. Esqueci-me de dar os parabéns ao Cunhal! Mas, como mais vale tarde do que nunca, cá vão. Cunhal, camarada, Parabéns! Não pela idade, que é sempre bonita, mas por teres sido o maior anacronismo político alguma vez visto! Parabéns! Outro qualquer tinha, com grande probabilidade, instalado um regime comunista em Portugal. E eu estaria a escrever estas páginas com sangue num qualquer gulag. Obrigado por teres existido como o maior patarata (regionalismo) político português. Coerência te apontam quando os outros quadrantes te querem elogiar. Fanatismo idiota te aponto eu, quando te quero elogiar. Tens muitas qualidades, mas, infelizmente não me lembro de nenhuma. Se calhar, tenho memória curta... Fica o teu talento literário de Manuel Tiago. Mas quem quero eu enganar com esta? Talento literário? Pois sim... No fundo, não prestas. Nunca prestaste. Vais morrer um dia. Isso enternece-me. Afinal não são só os bons que morrem... E como se diz, dos fracos não reza(rá) a história...
Telelés




Agora critica-se que Portugal esteja acima da média europeia na utilização de telemóveis, tendo em conta a grave crise que vivemos. Mas convém não esquecer que um ex-digníssimo-Ministro das Finanças socialista disse um dia ser Portugal um país com uma economia pujante e em franco crescimento, tendo em conta o número de telemóveis que havia em Portugal. O que mudou?
O número de telemóveis continuou a crescer. Então porque está a economia em recessão? Ou eu não percebo nada ou esse Sr. era um incompetente...
A Justiça (dos outros)




« Justiça, problema? Onde?!


Júdice reconhece que falhou em sensibilizar Governo para a Justiça
O bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, reconheceu ter falhado na sensibilização do Governo para o sector. Admitiu ainda que como consequência desse fracasso o Orçamento de Estado para a Justiça foi reduzido.
Esta ‘vitimização’ de Júdice é inteligente. As suas declarações-declarações, devem ser assim lidas: o Governo é incompetente por não investir na Justiça, um dos pilares da cidadania. Mais: a ministra devia ser demitida.»


Caríssimo V. de S., permite-me que conclua o teu post com esta frase simples: E nomear-me a mim Ministro!
É só. Um abraço.
A PT e o terrorismo




Já que o Ruas classifica a PT de terrorista, concordando vários com esse ponto de vista reage o governo.
Desta forma, o terrorismo da PT vem mais uma vez ser atacado pelo governo português, que nestes assuntos se tem mostrado particularmente activo e eficaz. Não é que dotou as autarquias de uma nova arma? Pois é, a PT vai ter que pagar às autarquias taxa de ocupação do solo. Este governo está sempre na primeira linha... Não deixa escapar uma... Não é, V. de S.?
Solana




Javier Solana afirmou que não faz sentindo enviar mais tropas para o Iraque pois estes são vistos como uma força de ocupação. E segundo V. de S. Figueiredo Lopes baixou aos cuidados intensivos por causa dessa declaração. Meu caro, como te enganas. Deu dois, sim dois, pulos de alegria. Finalmente alguém da esquerda europeia tem visão para alcançar a brilhante decisão do governo português de enviar forças policiais e não militares para o Iraque!
Perguntas às notas




Meu caro V. de S.,




Quanto à América e as suas intervenções internacionais:
Acreditas que os Iraquianos estavam em melhor posição antes da força Anglo-Americana derrubar Saddam?
Idem aspas para os Afegãos?
Por não se terem encontrado armas de destruição maciça não se devia ter intervindo no Iraque?
Serás tão ingénuo que acredites que alguma guerra foi iniciada para extinguir a Al-Quaeda a curto-prazo? Não é possível fazê-lo. Propuseram-se foi a acabar com estados que serviam de refúgio a terroristas, dando dessa forma um golpe importante na estratégia final de acabar com o terrorismo.
A GNR e o Iraque




«Os ambientalistas afiançam que o nosso país ainda “está muito aquém” de possuir as medidas mínimas necessárias ao combate e prevenção de catástrofes semelhantes. Mas dinheiro para enviar os guardas para o Iraque, foi só estalar os dedos... Demagogia? Nem por isso. Uma simples constatação.»




Realmente... Também concordo. Esta de nos estarmos a armar em grandes, a tentar ser imitações pobres de grandes potências mundiais ainda vai dar em desgraça... Nunca vamos ser como estes colossos económicos e militares que também têm homens no Iraque (já agora, ao abrigo do direito internacional e da resolução 1441 do Conselho de Segurança das Nações Unidas) que vou nomear a seguir :


Hungria 140 Homens
Azerbeijão 150
Mongólia 160
Honduras 368
Rep. Checa 400
Bulgária 500
Roménia 700
Ucrânia 1650
Polónia 2350


É de notar os países que vão ser membros da União Europeia e os que já são da NATO, logo, disputam espaço vital económico e militar com Portugal. Como se vê, não têm pejo em assumir políticas de aproximação aos EUA, conquistando ao mesmo tempo uma posição, quer na Europa, quer no mundo.
São as questões de geopolítica e visão estratégica para o desenvolvimento num mundo globalizado que a esquerda não quer perceber ou finge não serem importantes. Enterrar a cabeça na areia só resulta mesmo com a avestruz. Não participarmos numa operação militar internacional com medo de beliscaduras, pois nunca seremos alvo para o terrorismo. Pois é, até que aconteça, somos uns anjinhos que não incomodamos para não nos incomodarem. E continuar a pensar que os problemas são dos outros. A continuarmos nessa anterior estratégia a nossa, cada vez menor, influência internacional desapareceria. Temos que garantir um capital de projecção que nos garanta apoio para implementar estratégias económicas e militares que nos favoreçam. Temos que garantir que podemos ser beneficiados com a conjuntura internacional, mantendo a nossa tradição de solidariedade e justiça.
Esperemos também, que não haja acidentes com o subagrupamento alfa da digníssima GNR. Estou certo que não haverá. Afinal, os nossos homens, quer a GNR, quer as Forças Armadas, sempre primaram por uma excelência, reconhecida por todos os que com eles colaboraram, em todas as missões que desempenharam no estrangeiro.
Fica aqui um dado: Fora Britânicos e Norte-Americanos, afinal, o tal exército invasor , foram mortos 18 Italianos (todos de uma vez no reles atentado em Nassíria; num total de 3000 homens), 3 Espanhóis (num total de 1255), 2 Ucranianos (num total de 1650), 1 Dinamarquês (num total de 420) e 1 Polaco (num total de 2350 homens). Mesmo do lado invasor, as baixas são relativas; 278 Americanos (num total de 130.000) e 20 Britânicos (num total de 9900).
Mas, embora muita gente às escondidas tenha sentimentos diferentes, espero sinceramente que não hajas vítimas. Tenho um amigo numa missão de paz e quatro que seguirão, em breve, para outra. Sei na pele o que é apóia-los nessa decisão, dar-lhes força e coragem para a desempenharem da melhor forma possível. Acredito nesse ideal. Por isso estou com os valentes que estão no Iraque. Força e voltai bem.
Agora a questão financeira. Os 128 militares da GNR fazem parte do corpo de intervenção. Logo, por mais falta de pessoal que este corpo tenha, não são estes homens que vão preencher as vagas. A questão é de fundo e não é de agora. Resolveu-a o PS? Pois sim... Falta gasóleo para pôr os jipes a trabalhar? O problema aconteceu agora e devido à partida destes elementos para o Iraque? Não me parece... Temos um contingente com perto de 900 homens em Timor. As despesas com essa missão são muitíssimo maiores. Alguém se queixa? Ou será outro exemplo de “vassalagem” aos EUA? Ou será por solidariedade que este governo manteve a política do anterior e continuou o envio de tropas para Timor? Pois é... Face à barbárie a que todos assistimos é unânime a opinião de que devemos ajudar Timor. Mas o Iraque não! Porquê? Necessitarão menos da nossa ajuda? Ou por haver interesses económicos, nós, os desinteressados portugueses, não devemos participar! Só quando as causas são nobres e não possamos retirar qualquer vantagem da projecção de força esta deve ser empregue. Porque nós não queremos ser associados à guerra de interesses! Não. Somos muitos hipócritas para isso. É claro que os países que ajudarem à pacificação do Iraque irão beneficiar de favorecimentos económicos na recuperação do Iraque. E porque não aproveitar, ao mesmo tempo dando garantias aos nossos aliados que estamos com eles? Santa hipocrisia, que devias ser padroeira nacional!
Já agora, se morrem mais portugueses nas estradas que no Iraque, e sendo as estradas um dos locais de trabalho da GNR, não será mais seguro para estes estar no Iraque que a trabalhar em Portugal?

Borda d’água




Saiu o Borda d’água. Será que o Paulinho já o tem? Nas feiras já gritam por ele. As saudades do ambiente onde ele se sente como peixe na água... Até se podia extinguir o Ministério da Defesa e criar o Ministério das Feiras e Actividades Económicas Alternativas (MFAE).
As estações do ano




No Pólo Norte, no Inverno, a Terra está mais afastada do Sol. Nada mais errado.
O eixo da Terra está inclinado 27027’ no que respeita ao plano de translação. Logo, não é a distância ao Sol que provoca as estações do ano, mas sim a inclinação da Terra. Quando a Terra está no seu Periélio (Solstício de Inverno) a distância ao Sol é a menor (146 400 000 Km). No Afélio (Solstício de Verão) a distância ao Sol é a maior (151 200 000 Km). Quando o Pólo Norte está “apontado” para o Sol estamos no Verão, sendo a exposição às radiações solares máxima. Daí que os dias sejam maiores e os pólos passem pelo fenómeno das 24 horas dia (ou noite).
Máscara do sonho




Sinto-me isolado num mundo só meu.
A angústia assola-me quando não consigo partilhar
As dúvidas e as angústias
Que me varrem uma alma carregada de dor.

Os sonhos a que me abandono
São promessas de uma paz fingida
Que me dói por saber que não é minha.

Morfeu, larga-me dos teus braços apertados
Deixa-me viver o real com mágoas, mas que é meu.
Quero sair desta penumbra onde vivo,
Viver o que vislumbro,
Enfrentar a dor num duelo justo.
Prefiro a derrota final ao desespero
Desta fuga inglória,
Que me arrasta e vence,
Em terrenos que não são os meus.

Cada vez mais me afundo
Num lodaçal que o nevoeiro não me deixou antever
E assim a âncora da vida que se mantém firme
Segura-me a um destino que não conheço
Onde me procuro e não me encontro.
Onde vivo apenas na memória
Dos que me querem,
Onde apenas vive um nome e um passado.

Preciso relançar-me na corrente da vida
banhar-me na água do espírito
E encontrar o mar calmo de uma vida de paz.








2003/11/15

Não somos os únicos




“Gran Bretaña sólo reclutó a 33 sanitarios gallegos




Pese a la fuerte ofensiva de la embajada británica para reclutar personal sanitario de la cantera gallega, desde 2001 tan sólo 33 enfermeras de la comunidad han preparado las maletas para emigrar. Los responsables de la campaña llegaron ayer de nuevo a Compostela para explicar a los estudiantes de la Escuela de Enfermería los detalles de la oferta laboral del Gobierno británico. Mónica Colino, de la embajada del Reino Unido en España, recordó a los jóvenes que se ofrece un contrato prorrogable de dos años de duración. Además, el programa financia el viaje y facilita alojamiento.




Afinal, não estamos sós no recrutamento de técnicos de saúde espanhóis. Acho que os espanhóis descobriram o novo filão das exportações.

Aprender com os erros




“Científicos gallegos y europeos estudian cómo detectar vertidos en el mar en tiempo real




Científicos gallegos y europeos empezarán a trabajar en la Escuela de Caminos de A Coruña en un proyecto "pionero" en Europa para la detección "a tiempo real" de vertidos contaminates en el medio marino y obtener información "más precisa" de la composición de los mismos.”




Estes aprenderam com os erros. Tendo assistido nós aos erros cometidos com o Prestige não seria melhor começarmos já a ter iniciativas como estas que os galegos promovem? Ou estaremos à espera de qualquer desastre (ou milagre que o evite) para começarmos? Até quando? É que nós não conseguiremos criar uma dinâmica como eles criaram para a resolução do problema em tão curto espaço de tempo.



Cassini (A sonda que mais se aproximou de Júpiter)




“Everything visible on the planet is a cloud. The parallel reddish-brown and white bands, the white ovals, and the large Great Red Spot persist over many years despite the intense turbulence visible in the atmosphere. The most energetic features are the small, bright clouds to the left of the Great Red Spot and in similar locations in the northern half of the planet. These clouds grow and disappear over a few days and generate lightning. Streaks form as clouds are sheared apart by Jupiter's intense jet streams that run parallel to the colored bands. The prominent dark band in the northern half of the planet is the location of Jupiter's fastest jet stream, with eastward winds of 480 km (300 miles) per hour. Jupiter's diameter is eleven times that of Earth, so the smallest storms on this mosaic are comparable in size to the largest hurricanes on Earth.


Unlike Earth, where only water condenses to form clouds, Jupiter's clouds are made of ammonia, hydrogen sulfide, and water. The updrafts and downdrafts bring different mixtures of these substances up from below, leading to clouds at different heights. The brown and orange colors may be due to trace chemicals dredged up from deeper levels of the atmosphere, or they may be byproducts of chemical reactions driven by ultraviolet light from the Sun. Bluish areas, such as the small features just north and south of the equator, are areas of reduced cloud cover, where one can see deeper.”





 Imagem de Júpiter


2003/11/14

Canaletto, arte sublime da pintura fotográfica





Uma de muitas belas imagens de Veneza


Hippopotomonstrosesquippedaliophobia




“Hippopotomonstrosesquippedaliophobia is the fear of long words.” Li isto na internet. Arranjam cada coisa... Nem sei se este termo existe (provavelmente se existir em português o ph é substituído por f e o resto manter-se-ia...). Em abono da verdade nem me dei ao trabalho de confirmar a veracidade do que transcrevi. Mas cá fica. Pode ser usada para engatar miúdas difíceis e com pretensões a intelectualóides, que se deixem impressionar com estas alarvidades enciclopédicas próprias de bichinhos de circo a imitar o “Quem quer ser milionário?”. Porque fica sempre bem dizer: - “Viste o QQSM de ontem? Que estúpido! Usou as ajudas para perguntas tão básicas que eu até sabia as respostas certas antes das hipóteses serem apresentadas...”. Para esses cá fica esta pérola. Já agora, felicidades e bons engates...
Educação Sexual




Nunca tive uma conversa sobre sexo com os meus Pais. Não me fez falta nenhuma. Aprendi o que tinha de aprender com os amigos, as revistas, a televisão, etc. Não aprendi nada em família, nem na escola. Não tenho problemas sexuais. Tenho uma sexualidade muito bem resolvida, muito prazenteira e sem dúvidas de qualquer espécie. Todos os riscos que corri, foram plenamente assumidos e estava pronto para arcar com qualquer consequência menos desejável (que não indesejável, note-se) seria plenamente aceite e resolvida.
É por todos estes factores que não acredito na educação sexual. Em matérias tão da intimidade e essência do ser humano não pode haver discussão e aprendizagem públicas. Deve ser feito tudo na intimidade.
Agora acredito que deveria haver uma educação higiénica. Sobre doenças e contracepção, naquilo que ao sexo diz respeito. E mai nada!
Fama




Vem aí uma revista que promete tornar-se líder de mercado à custa de muitos processos crime. O modelo das revistas cor-de-rosa da linha dura inglesa chegou finalmente a Portugal com todo o mal que acarreta. Se já antes os famosos portugueses se queixavam de devassa da vida privada agora vão ficar aos pulos e a arrancar os cabelos. E isto até me faz rir. Sofram, já que não têm mais nada para fazer!
O Ferro




O Fero portou-se melhor, ontem (11 de Nov.) na entrevista que passou no canal 1. O discurso estava bem preparado, teve o bom-senso de confessar alguns dos erros que lhe eram unanimemente apontados e o discurso melhorou uns pontitos. Continua, no entanto, a manter um ar triste, de desconsolo, de alguém desiludido com o rumo político que tomou e desgostoso com os seus erros espera o momento menos mau, para se afastar sorrateiro dos meandros de um mundo que não domina, não compreende e não gosta dele.
Paulo Camacho (ou Paulo Palhaço?) e a incompetência (perdoem-me a redundância...)




Paulo Camacho mostrou hoje toda a sua qualidade (???) jornalística e qual sucessor da brilhante (???) jornalista Manuela Moura Guedes foi extremamente incorrecto e mal-educado com o comentador Nuno Rogeiro, convidado para comentar a ida do contingente da GNR para o Iraque, dia 12 de Nov., mostrando que não tem qualidade, competência (e também lhe faz falta boa educação) para apresentar o Jornal da Noite. Nuno Rogeiro reagiu muito bem, mandando-o “à merda”, que não literalmente mas sim educadamente e com esclarecimento, remeteu-o à sua mísera posição de papagaio com uma voz desagradável que dita notícias que não entende, nem poderá nunca entender, fora de uma redução política e ideológica por onde pauta a sua conduta profiisional. E assim continuamos, no país do enxovalho e da incompetência...
Nassíria




Foram assassinados hoje, dia 12 de Nov., 17 soldados italianos e 10 iraquianos. Em mais um atentado à bomba, que começam a acontecer numa base diária e causando cada vez mais vítimas, a base onde ficaria instalada a missão da GNR portuguesa ficou de tal forma danificada que não mais os pode receber. Ainda hoje, vinha uma reportagem no JN, sobre Nassíria. Os jornalistas escreviam ser esta uma cidade tão pacífica que alguns instrutores italianos andavam na rua sem coletes anti-bala. A população não mostrava qualquer animosidade contra as forças da coligação. E é nessa pacífica cidade que ocorre o mais mortal atentado ocorrido até hoje no Iraque, contra as forças da coligação.
Isto fez-me repensar se o problema do Iraque está a ser bem conduzido. Não está. O Iraque está a tornar-se um ninho de terroristas com atentados diários contra as forças da coligação e contra a própria população do Iraque. Não consigo encontrar uma única hipótese alternativa ao que está a ser implementado agora no Iraque. Mas a realidade tem demostrado que algo tem de ser feito para mudar o actual estado das coisas.
Hoje tenho que actualizar esta notícia. Foram 19 os italianos assassinados.
Sondagem da Visão. Uma lição de como a estatística pode ser politicamente usada.




Visão nº 557, 6 a 12 de Novembro
O texto que apresenta a sondagem para as legislativas é revelador. Entre outras pérolas, diz isto, É pequena a diferença que separa o PSD e PS, nas intenções de voto. Fica-se pelos 3 por cento. Um empate técnico, em especial se se tiver em atenção que só o grupo dos indecisos e dos que não respondem soma 17 por cento.
As sondagens são um instrumento que pode ser facilmente manipulável. Talvez por isso, a apresentação dos resultados é feita em caixas com informação reduzida e sem grandes explicações sobre o método e tipologia de perguntas que é feito. Ia apontar uma série de erros de interpretação e deturpação da verdade. Os resultados e interpretações estendem-se ao longo de 6 páginas, aparecendo na última, numa caixa de dimensões extremamente reduzidas, a ficha técnica. Esta, que é de vital importância quando analisamos a sondagem, está incompleta e mal elaborada.
Entre muitas faltas, há umas que me perturbam em particular, como sejam os critérios estatísticos que estiveram presentes na contabilização dos resultados da sondagem.
Euronext




A bolsa portuguesa começou hoje (07/Nov.) a negociar na plataforma Euronext. Vamos ver como correm as coisas para as empresas e investidores portugueses. No fundo, é a globalização.
O noivado do outro lado




Gosto de assistir a este sururu, sobre o noivado do príncipe das Astúrias, futuro Rei de Espanha. É bonito, diverte e dispõe bem. Entretêm-nos a nós, povo, que bem precisamos. E o caso é aqui ao lado, em Espanha. Isto faz inclinar a minha balança para a Monarquia. Ora então, se até nos deixam bem-dispostos! Mas logo a seguir penso, ora, se o Mário Soares pudesse ter sido Rei, tinha que ter gramado aquele palonço mais anos que a minha úlcera permitiria. E ainda hoje teríamos o raio de um gagá caquéctico e desavergonhado a representar a Nação. Ou ainda pior, o sucessor João Soares. Que pesadelo! Ai, é depois destes pesadelos que dou graças por viver numa República!!!
Massacre no Parlamento




Mais uma vez, e como vem sendo hábito, os membros do governo, particularmente o Primeiro Ministro, massacraram a oposição no debate parlamentar do orçamento. Grande coça, Durão! No debate parlamentar, e no rumo que estão a dar ao partido, não há estratégia, vigor, sequer interesse no debate por parte do PS. É um partido da retórica frouxa, banal, que nada contribui para prestigiar a política portuguesa. É cada vez mais um partido de miséria, este triste PS...
Paulinho das feiras




Gostei da performance de ontem (06 Nov.) do Paulinho das feiras no Parlamento. O aumento das pensões, se bem que menor que o prometido, é efectivamente maior que qualquer aumento de pensões feito pelos humanistas e solidários, governos do PS. Só por isso, pode o Paulinho, na próxima campanha para as legislativas, enfrentar nas feiras os seus eleitores de peito aberto, que eles lá estarão para o apoiar.
Louçã




Louçã parece um puto rebelde. Gosta de dizer umas alarvidades como se estivesse num qualquer café da esquina, sentado à mesa com uns quaisquer piolhosos, a fumar uns charritos e a beber umas ginjinhas. Bom senso, discursos e propostas realistas não são para ele. O que ele quer é agitar as águas, fazer barulho a ver se com isso, qual puto chato e birrento, alguém lhe dá alguma atençãozita.
Deputada Isabel Castro




Isabel Castro, do PEV, da CDU, do PCP, ou alga que a valha, é um verdadeiro dinossauro do parlamento. Mas será que em tantos anos não aprendeu nada? Continua com o mesmo discurso atabalhoado, próprio de quem não pensa muito, ou se pensa, pensa mal. O seu discurso de hoje (06 Nov.) no parlamento face a um governo de direita é exactamente igual aos discursos com os governos PS. Actualize-se Senhora!
A insustentável defesa do ser




Cáceres Monteiro faz uma defesa inaudita e a ferro e fogo da diplomata Ana Gomes, tendo por base uma sondagem que me deixa dúvidas (Visão, 6 Nov.). As conclusões retiradas são, no mínimo abusivas, continuando no seu comentário com algumas verdades desvirtuadas e fazendo das críticas elogios.
Sobre Deus (1)




Quando penso em Deus não posso deixar de por a questão do será uma criação da mente humana ou será o criador do ser humano (logo da mente humana)? E raios partam, se isso não me dá cabo da cabeça... É bem verdade que de Deus nada se conhece. Toda a crença nele, ou em qualquer outra entidade criadora, reguladora e divina baseia-se na fé. E o que é a fé? É acreditar que algo criador e superior existe? Mas a fé pode relacionar-se com tantas outras coisas... Tudo para o que não temos certezas, mas que faz parte das nossas crenças será fé? Será aquele que acredita na pureza do ser humano, mas é ateu, detentor de menos fé que um religioso que acredita em Deus? Se acreditarmos nas características que os humanos decidiram atribuir a Deus, e aqui volto eu à questão inicial, a fé torna-se um caminho espinhoso, árduo e com poucas respostas. Porque Deus não pode ser tão paradoxal e humano como o pintam... A entidade que hoje é venerada pelas três religiões principais, o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo (pelo menos para mim são estas três) é abusiva, controladora, limitadora, perversa, no fundo muito humana. A perversidade de livros como a Bíblia, a Tora ou o Alcorão é destruidora de uma religiosidade saudável, apaixonante, libertadora.
Vou falar da Bíblia que é o que conheço melhor. O Apocalipse tem em si toda a loucura de um visionário louco e com sonhos de destruição que se refugia nessa luta que não liga aos meios para atingir fins. Como se pode pensar a extinção de seres para acabar com a maldade que para haver livre arbítrio é imperativo que exista? Mas se esse mal tem que existir como se concilia com o bem, sendo que, o bem tem que ser recompensado (ou talvez não). Não acredito em grandes castigos ou benesses celestiais. Nem pode ser muito bom nem muito mau. Se um Inferno existir estaremos a ele condenados ou dele absolvidos com base em regras tão arbitrárias e que pouco definem a conduta moral dos indivíduos que por elas se regem? Será possível tamanha arbitrariedade para decidir algo tão importante como o “para toda a eternidade”?
Não sou ateu nem agnóstico. Mas, meu Deus, é tão difícil ter fé...




(MC: Se te fosse possível gostava de escrever mais contigo sobre este assunto. Que achas?)





 Os mistérios da fé



Teatro




O drama é um género da literatura que eu considerava menor. Sempre que o abordava era com a ideia deste ser o parente pobre da literatura. Este meu preconceito era tão mais marcante quanto nunca tinha lido qualquer peça dramática.
Bem, para tudo há uma primeira vez. Comprei há dias o livro Romeu e Julieta. Comecei a lê-lo por curiosidade, já que tantas vezes tinha visto citações deste livro e, para além do mais, era uma peça sobejamente falada e discutida, se bem que, muitas vezes fiquei com a impressão que quem a citava conhecia meia dúzia de falas e nunca tinha realmente lido o livro. Pois bem, eu li. E gostei, ou melhor, amei. Geralmente, acontece-me isto. Parto para a leitura cheio de preconceitos e descubro livros que me marcam, estilos que passo a adorar e devorar.
Já sabia aquela teoria toda sobre Shakespeare, quais as peças mais importantes, etc. Mas lê-lo, nada. Resolvi então começar e, depois do Romeu e Julieta, prossegui para Hamlet e acabei com Sonho de uma noite de Verão. Confesso que a que me marcou mais foi a primeira, mas, sentindo-me motivado pelas outras decidi partir para outros géneros. Foi assim que comecei a ler as tragédias gregas. Li Prometeu Agrilhoado, que sendo também primeira foi a que mais me agradou, Electra e Antígona. Voltei a mudar de género e cheguei às comédias de Molière com o seu Doente Imaginário.
E é por estes caminhos que tem andado o meu mundo literário, com drama, drama, drama...
Deja vú?




Hoje (06/Nov) a excelsa TVI decidiu repetir a mesma notícia, segundo eles mais um exclusivo da TVI sobre a Casa Pia, apresentando-a duas vezes integralmente com meia hora de intervalo. No início, ainda pensei tratar-se de um erro na transmissão, de tal forma fiquei estupefacto. Depois admiram-se que até os búlgaros façam peças jornalísticas a parodiar os já famosos telejornais portugueses...
Anedota com realidades paralelas




> PORTUGAL ! ...... O JEITINHO PRÓ NEGÓCIO !...


O Santana Lopes queria construir o novo estádio de Alvalade e chamou três empreiteiros: um alemão, um americano e um português.


- Faço por 3 milhões de Euros - disse o alemão:
- Um pela mão-de-obra,
- Um pelo material e
- Um para meu lucro.


- Faço por 6 milhões de Euros - propôs o americano:
- Dois pela mão-de-obra,
- Dois pelo material e
- Dois para mim.
- Mas o serviço e de primeira.


- Faço por 9 milhões de Euros - disse o português.
- Nove? - espantou-se o Santana - E demais! Porque?
- Três para mim,
- Três para você e...
- Três para o alemão fazer a obra!!


- Feito !!!!!!!




Eu, que tanto admiro o Pedro Santana Lopes, transcrevi esta anedota sem alterar o nome do visado. Custou um pouco mas, em nome do fair-play lá vai. Já agora, um conselho para aqueles que contam estas anedotas políticas com esgares de consolo e malícia, substituam o estádio de Alvalade pelo Parque Mayer, metam o Frank Gehry e os 28 milhões ao barulho e sempre podem tornar a piada mais actual, que não verídica.
Para verdades deixo um jogo de palavras, Felgueiras vs Felgueiras; Preto com Mala Preta; Torres do Marco; Limianos com pêlo; etc...
História Alegre de Portugal




Li, muito na diagonal, a História Alegre de Portugal e gostei. É assim mesmo! É preciso dar a volta aos canônes e com uma leveza divertida, aliviar do seu peso institucional, certas matérias. Desde que se simplifique sem cometer erros ou simplificações que induzam em erro, por mim tudo bem! A importância de ver estes temas lidos supera a minha exigência de ver os assuntos tratados com amplitude. Mais vale uma ideia de um assunto não tão bem sabido que um assunto desconhecido.
Fátima Felgueiras a malhar o ferro




Fátima Felgueiras deu uma entrevista onde dispara uns morteiros valentes em cima de Ferro Rodrigues. E faz ela muito bem. Quanto a um crime de corrupção, houve prontidão a “queimar” a autarca na praça pública. Até o porta-voz do PS se pronunciou em termos de distanciamento do partido, de deixar à justiça o que é da justiça, pedindo à autarca que se demitisse perante as acusações gravosas que lhe eram feitas. Nunca é demais lembrar, que esse porta-voz foi, em seguida, indiciado por vários crimes de abuso sexual de menores. O PS foi tão lesto a solidarizar-se com o seu porta-voz como a dar um pontapé no rabo da autarca. E os crimes de que são acusados nem de perto, nem de longe, são comparáveis! Por isso Fátima pôs a boca no trombone. E volto a dizê-lo, e muito bem!

Sobre o sal, os médicos e outras bílis derramadas




Li no Médico explica medicina a intelectuais :
No Jornal de Notícias de 25/10/03:


"Cardiologistas propõem lei que limite o uso de sal


Hipertensão


Limitar, legalmente, o consumo de sal, é uma medida que a Federação Portuguesa de Cardiologia (FPC) preconiza, para combater a hipertensão. A proposta está a ser elaborada, e os responsáveis daquela instituição esperam que tome a forma de lei o mais rapidamente possível.
Obrigar a indústria a produzir alimentos com menos sal é o espírito da proposta, noticiada, ontem, pela TSF. Segundo Manuel Carrageta, presidente da FPC, "consumimos mais do dobro do sal do que os outros países europeus". A diferença é ainda maior em relaçãoaos valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde (consumimos 18-20 gramas/dia, quando o admissível são cinco).
A FPC pretende que a redução seja feita gradualmente, para que não constitua um choque. Por exemplo, começa-se por uma redução de 10 a 20% do sal usado na confecção de pão, o que não fará grande diferença ao consumidor, repetindo-se o corte passado um ou dois anos, o que terá "um impacto extremamente positivo no número de hipertensos e no número de doenças cerebro-vasculares que ocorrem em Portugal".
Cerca de 40% dos portugueses com mais de 40 anos são hipertensos."





Ontem (04/Nov) deu um filme futurista, Homem Demolidor, que retracta um mundo paradisíaco, mas com uma limitação tirânica do ser humano. Representava a ditadura da saúde, da paz, da tolerância, etc. Nesse futuro o consumo de sal era proibido por lei. Se calhar, não estamos assim tão longe desse hipotético futuro. Regulamentar o consumo de sal é de uma estupidez que revela uma falta de coerência com princípios democráticos e de valorização do ser humano. Aconselhar, prevenir, muito bem. Agora proibir? Para que sociedade caminhamos em que até a liberdade, de escolher com que nos alimentar, nos é retirada?
Raios partam os moralistas da treta, sempre a impingir um modelo de saúde, não compatível com as vontades de quem é visado. Porra, deixem-me comer o meu pãozinho com sal, a minha manteiga com sal, e as outras tantas comidas com sal! Quem não quiser comer, que não coma. Já há muitos produtos sem sal no mercado. Não têm as mesmas vendas dos outros, não é? Isso da saúde pública é uma treta. Toda a gente sabe os efeitos perniciosos do sal, portanto, é uma escolha consciente entre o prazer da gula e os benefícios para a saúde que é feita, naturalmente em favor da primeira. E quem encomendou esse sermão aos médicos? Já que são os clientes/pacientes (e não me venham com a treta que o paciente não é cliente porque nunca vi, em toda a minha vida, um médico a tratar um doente sem ser remunerado para isso) que alimentam a classe, então deixem-na gozar. Quando eles precisarem, lá vos vão bater à porta. Como dizia o sábio Molière (e oh, que vidente ali estava, (...) “será possível que haja forma de vos curar da doença dos médicos, e que quereis ser, toda a vida, amortalhado nos remédios deles?” ) E não, não estou a ser pago pelo grande lobby do sal para escrever isto.
Somos o país mais pobre da UE




Finalmente! Passados 25 anos voltamos ao lugar que sempre deveria ter sido nosso! Somos oficialmente o país da UE com o Pib mais baixo, 67,3% da média europeia. Os gregos, anteriores titulares desta nobre posição atingiram, este ano, o Pib de 68,9% da média europeia. Antigamente ainda tinhamos a Irlanda nos nossos calcanhares. A Grécia estava bem abaixo dos dois. Na altura da grande expansão económica europeia, a Irlanda aproveitou as oportunidades para implementar reformas de fundo e estruturar a economia numa base de desenvolvimento superior ao dos outros países da UE. Em Grécia, embora em menor escala, foi tomando medidas para conseguir níveis de desenvolvimento sustentáveis.
Mas Portugal não era desses. Enquanto as outras duas formigas trabalhavam, a cigarra portuguesa cantava, dialogava e esbanjava dinheiro. Até um ministro das Finanças apregoava a todo o mundo que eramos o país com mais telemóveis por habitante da UE! O governo, à custa de um tremendo esforço financeiro manteve o preço dos combustíveis inalterado durante um ano. Enfim, éramos um país rico, podíamos fazer destas coisas... Houve muitos (bem, muitos não foram, mas enfim...) projectos para reformas, mas reformas...
Agora culpar-se-á o governo actual por esta situação. Por que já teve tempo de recuperar a economia. Porque já teve tempo para implementar reformas. É assim. A população gosta é de andar enganada, gosta que lhe prometam mundos e fundos, mesmo sabendo que nada irão cumprir. E melhor, não gostam de trabalhar. Querem é ser sustentados ad infinitum por um governo tipo vaca, que nunca pare de jorrar leite das suas múltiplas mamas. Só a esquerda governa assim, logo, quando aparece um governo de direita a impor disciplina, a pôr o dedo na ferida e a chamar os bois pelos nomes, há assobios, insultos, vaias, mas, na horinha de votar quando estamos no aperto as dúvidas lá se dissipam e voto vai para a direita. Afinal, ninguém quer que o país vá à falência ... Ninguém quer a ruptura económica do país e os únicos que o conseguem por de novo em cima são os governos de direita. É como a cigarra e a formiga. Até quando continuaremos nesta alternância que não traz as condições necessárias a um desenvolvimento sustentável e conjuntural?
Carmina Burana




“Carmina Burana” é uma expressão em latim e significa “Canções de (Benedikt)beuern”. Em 1803, num velho mosteiro beneditino (abadia de Benediktbeuern), um volume de cerca de 200 poemas e canções medievais foi encontrado na Bavária superior. A maioria destes poemas sacros e seculares foi escrita por um grupo profano de errantes chamados “goliardos”, monges e menestréis desgarrados que passavam o tempo a deliciar-se com os prazeres da carne. Estes poemas que deixaram são a crónica das suas obsessões por vezes chegando mesmo à obscenidade.
Foram escritos em latim medieval, médio alto alemão vernacular e vestígios de frâncico.
O especialista da Bavária em dialectos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847 sob o título de “Carmina Burana”.
Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e soldados de Munique, deparou-se com esse conjunto de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em “canções seculares (não-religiosas) para solistas e coros, acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.
Esta cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — o conceito da roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. E assim, o apelo em coral à Deusa da Fortuna (“O Fortuna, velut luna”) tanto introduz quanto conclui a obra.
Esta divide-se em três secções: O encontro do Homem com a Natureza, particularmente com o despertar da Natureza na primavera (“Veris leta facies”); o seu encontro com os dons da Natureza, culminando com o dom do vinho (“In taberna”); e seu encontro com o Amor (“Amor volat undique”).
Como antologia, Carmina Burana apresenta tudo o que o mundo cristão entre os séculos XI e XII foi capaz de exprimir, restaurando todo um universo onde o Bem não existe sem o Mal, o sacro sem o profano e a fé sem maldições e dúvidas: a oscilação onde se encontra a grandeza da Humanidade.





A Roda da Fortuna





Carmina Burana


O direito à vida




Sou um defensor fervoroso do direito à vida. Mas tal como defendo que seja retirada da Constituição da República Portuguesa qualquer referência esquerdista, com tiques pós 25 de Abril, não desejo ver expressa na Constituição qualquer referência ao direito genético à vida.
Cidade, linda cidade!





Magnífica terra que tais filhos tens

Van Gogh e a astronomia




“Steve Olson, an astronomer from the Southwest Texas State University, discovered something significant about Vincent Van Gogh’s painting, White House at Night . While leading a field trip in Auvers-sur-Oise, France, Olson located the house featured in the painting. Using the structure as a reference, Olson realized what direction Van Gogh was facing. It became apparent that the star featured in the painting was actually Venus. Using this information, Olson figured out the time of day the picture was created. He believes that Van Gogh painted the canvas from the bottom up over the course of an afternoon and early evening because the shadows in the illustration point to the afternoon and Venus didn’t rise until after sunset.”

 Van Gogh


E por falar em China




Esta é a 3ª potência espacial. Já colocaram um astronauta no espaço. Com a sua vontade, falhanço económico russo e displicência americana, ainda vão ser os primeiros a chegar a Marte.
China e o arroz




O arroz tem uma importância fulcral na China. Mas a curiosidade está em que a influência deste cereal pode ser notada até na língua. A saudação chinesa equivalente a “Como estás?”, pode traduzir-se como “Comeste o arroz?” , quando alguém está doente diz-se que “não pode mastigar o arroz” e quando se perde o emprego diz-se “que se rompeu a chávena de arroz”.
Um líder que passou da validade...




A intervenção de hoje (04/Nov), do líder da oposição Ferro Rodrigues, veio comprovar a falta de capacidade deste e do seu partido, quer para conduzir a oposição, apresentando propostas, quer para pensar sequer em vir a governar Portugal
O discurso do líder foi frio, desanimado, notando-se a sua falta de vontade para intervir. É mesmo um líder a prazo, que sabe estar perto a sua saída, e que não mostra vontade de lutar pelo cargo. Ou talvez esteja muito ocupado a pensar na defesa do deputado amigo Pedroso...
Não me contive, porra!




Passei pela página da TIME e reparei na hiperligação para a versão europeia na parte inferior da página. Já tinha lido o artigo “When meninas came to town”, no suporte de papel e, muito contido, resolvi levar a coisa para a brincadeira, dando-lhe o desprezo que merecia.
Mas isso não podia durar muito tempo. A minha memória biliosa e conjunturas que parecem favorecidas pelos deuses, fizeram saltar a tampa a esta panela tão em ebulição.
Não resisti a dar uma espreitadela à versão electrónica. Quando vi o e-mail da srª Ripley não me contive. Tinha que espingardar...


E foi esta virulência que escrevi...
I'm writing to you in Portuguese just because I refuse writing in your perfidious language.
A sua peça, que de jornalística não tem nada, mostra o nível de profissionais que servem a Time europeia. Realmente, só quem não tem qualidade para escrever na Time norte-americana é enviado para cá. Até vou mais longe, Srª Ripley, é jornalista? Duvido seriamente. A falta de qualidade da sua pecinha de teatro é directamente proporcional à extensão da mesma. Muito mais haveria para dizer mas, não lhe quero dar mais importância que o desprezo que a srª merece. Trabalhe com mais afinco para ultrapassar a sua incompetência, pois estou certo que a continuar assim só arranjará trabalho na profissão que retrata na peça... E graças aos conhecimentos que pela sua "perspicácia" e "trabalho de investigação" ganhou pode ser tudo mais fácil... Mas num ponto tenho que lhe dar mérito. Deve ter sido muito difícil escrever a reportagem na horizontal... Ou não. É tudo uma questão de hábito...




Cidadão Português devidamente identificado.






When Ripley and La Cal came to town


2003/11/02

A Espanha e o espaço




Estou contente por ter corrido bem a aventura espacial dos nuestros hermanos com a estadia do primeiro astronauta espanhol na estação espacial internacional. Realmente a participação da Espanha na ESA está a dar os seus frutos. Este astronauta teve a possibilidade de realizar experiências científicas no espaço, o que, tem repercussões óbvias na qualidade e desenvolvimento tecnológico desse país. O investimento na ESA foi visto, entre nós, como um gasto supérfluo e sem vantagens. No entanto, a Espanha não viu as coisas por este prisma. Os resultados estão à vista. O desenvolvimento científico e tecnológico espanhol supera em muito o português.
Post cabalístico




Não gosto de garrafas de soro. Terapia de suporte nunca foi o meu forte. Sempre me inclinei mais para as terapias de choque. Manter algo é irrelevante para o conjunto, resumindo-se a sua importância ao individual. Além do mais nunca fui atreito a medicações de múltiplos usos. Servem para tanta coisa que no fundo não servem para nada.
Por isso sugiro para castigo uns bons supositórios pelo rabo acima, um bom clistér punitivo, umas injecções com uma agulhinha de 16G. Como benesse pode ser uma garrafinha de Bowmores. Mas soro não. Manter vivo o que deve morrer nunca foi boa prática. Há que deixar partir o que quer partir e partir o que não quer partir.
Colaboradores anunciados que tardam em aparecer




Eu sei que em Timor há muito trabalho, muito trabalho... Vais para o Bali descansar os neurónios e o corpo das maleitas (e sobretudo das privações...) e não tens tempo para escrever. Não te posso censurar. Mas vê lá se abres a pestana, dás corda ao computador e começas a colaborar. Se não te aprumas expulso-te do blog, calaceiro. Agora a sério, diverte-te, goza muito e presta um bom serviço a este país. Que as nossas forças armadas sejam o espelho de como podemos fazer muito com pouco, mostrar ao mundo o quão bons somos. Um abraço amigo.
Agora as putas




Na região de Bragança e Mirandela foi desencadeada a maior operação contra a prostituição dos últimos tempos. Várias meninas foram detidas e serão concerteza deportadas, pelo menos até à próxima vez. Uma casa em Vinhais, outra em Mirandela foram encerradas. As meninas viviam em clausura sendo escravizadas para pagar dívidas de transporte e sobrevivência gigantescas.
Acabaram duas referências da região, não foi botija de soro? Pelo que percebi Espinhoso foi à vida. Ou melhor mudou de “vida”. Pode ser que as damas da noite deixem a “Dama da Noite” voltar ao que era. Sem porteiros manetas ou prostitutas desdentadas a ensadecer os já por si muito pobres de espírito.
As escutas




Já sabia ser Ferro Rodrigues um indivíduo mal-formado, mal educado, resingão, entre outros epítetos que me vão vindo à mente, mas que eu, não querendo descer ao estilo trauliteiro e “da canelada” não vou escrever. As escutas levadas a cabo pela PJ, e agora tornadas públicas, mostram que o PS e o seu líder seriam a verdadeira mafia portuguesa, se tivessem sido eleitos.
Alguém tem dúvidas quanto ao significado das conversas telefónicas reveladas? É mais lógico continuar a acreditar em cabalas míticas onde tráficos de influências ao mais alto nível estariam a ocorrer, para eliminar o maior partido da oposição ou, simplesmente ler as transcrições das conversas telefónicas que revelam com certeza uma cabala bem urdida pelo maior partido da oposição para livrar de responsabilidades judiciais um dos seus dirigentes? De que mostraram medo os dirigentes do PS? Qual a razão de tanta azáfama em volta de suspeitas sobre um dos seus deputados e dirigente do partido?
Compreendo estas movimentações e tentativas de controlar desfechos judiciais, sobretudo para controlar efeitos de exposição mediática. Compreendo, mas não aprovo. Geralmente isso é feito em relação a crimes ligados ao capital, os chamados de colarinho branco. Mas é a primeira vez que se tem conhecimento do envolvimento de um partido na tentativa de sonegar a implicação de um seu dirigente num crime contra pessoas. Ainda vou mais longe. Admito razoabilidade na intervenção por um companheiro e amigo em quase todos os crimes. Há poucas excepções e essas são preciosas. Violação (de mulheres, crianças) e homicídio são essas poucas. E para elas não há perdão. Fazem-me sempre pensar se não haverá realmente justiça, no que refere à mais primordial condição para o homem que é sentir-se vingado, na morte de quem é tão perverso e indigno de viver.


Repulsa




Estará o país a ficar sem cronistas? Ou será Paulo Pedroso o único especialista nalgum campo do conhecimento (se calhar, bem, não sejas mauzinho...), para ter um espaço no Jornal de Notícias? Não será usado para se defender ou tentar limpar a honra no que ao processo Casa Pia concerne, diz ele. Espero que não. Hoje, ao ler o jornal, passei por esse espaço com a rapidez possível. Nem sequer li o título. Por melhor que seja o artigo, e duvido da sua qualidade, recuso-me a ler algo de alguém que é arguido num caso de pedofilia. A simples suspeição no que respeita a um crime desta gravidade é para mim factor eliminatório. Por isso ostracizei esse senhor. Se for inocentado readmiti-lo-ei às minhas leituras. Até lá, e se houver lá, não mais o ouvirei, lerei ou sequer falarei sobre ele. Fico maldisposto...
A Ti




O murmúrio do vento,
Frio, subtil leva-me
A encher-me de ti.
Numa loucura dos sentidos,
A confusão dos corpos,
Mistura de prazer,
Luxúria da excitação.
O prazer de uma noite só
Completa-me a ausência
De sentimentos que me tornam
Calculista, amoral e cínico.
A tensão da dor da partilha
É aliviada pelo prazer da solidão,
O onanismo perene e doce
Que me faz perder no meu ego,
Narciso tenso e confuso
Que parte a dor com um espelho,
Que também frio e cínico
Retribui perfídia e angústia.
Quando sei que vens choro de dor.
Não quero ceder à tentação
De expor a minha nudez moral
A ausência de características humanas
Que fazem de mim um monstro social.
Vivo fechado numa concha
Que não é minha. Quero sair, ceder,
Lutar por um Amor que me tenta.
Qual Orfeu disposto a descer aos infernos
Sinto-me incapaz de não olhar para trás.
Na dúvida do conseguir
Prefiro lutar com o desespero da minha inépcia
Perdendo tudo e todos
Com este medo que me inunda e pára,
De ser e não conseguir, esta renúncia
Pela covardia, ao Éden, que nunca terei.
Então por cá me fico a morrer
Mais um pouco, todos os dias,
Até à bonança final.




Flavius










Bestialidade




Uma criança de dois anos e pouco foi violada (repetidas vezes e espaçadas temporalmente), torturada e espancada até à morte pelo pai, com a conivência da madrasta (que também é tia). Há pouco que comentar perante esta mostra do quão selvagem consegue ser o ser humano. Estou chocado e de luto.