2005/03/17

Água II


Primeiro, temos que melhorar e que aumentar a quantidade de água disponível, quer seja apostando na dessalinização, apostando nas novas tecnologias e ao mesmo tempo aproveitar esse desenvolvimento tecnológico. Veja-se o exemplo espanhol, uma vez que estes estão extremamente bem posicionados tecnologicamente para a complexidade que será sempre dessalinizar água.
Segundo, pegar e fazer ver aos consumidores que gastam a maior parte da água, a indústria, a agricultura e os serviços que assim não podemos continuar. É fundamental mudar a estratégia, as prioridades e chegar a um entendimento. É fundamental reduzir os consumos, como por exemplo, incentivando a indústria à reciclagem de água. Também na produção animal estas mudanças seriam assinaláveis. Por exemplo, os criadores deveriam ser forçados a ter ETARs para onde seriam escoadas todas as águas residuais provenientes das instalações onde mantinham os animais. Essas águas depois de tratadas transformam-se em água limpa que pode ser re-aproveitada para a rega e para a reutilização, em lavagens, etc. Isso implicaria uma conscencialização e uma gestão adequada dos recursos que cada produtor tem aos eu alcance. Isso sim são medidas de fundo porque nem o criador seria financeiramente prejudicado e o ambiente saíria como grande vencedor. Os dejectos deixavam de ir parar aos cursos de água, como agora, fazendo um aproveitamento eficaz da água e das lamas provenientes das ETAR. Na indústria a adopção de um modelo semelhante, com a obrigação de cada indústria ter a sua ETAR e fazer o recirculamento da água. Neste circuito reduzir-se-ia o consumo de água, mantendo quase ad infinitum a mesma água a circular. Isto seria uma poupança ambiental e económica para a própria indústria.
Isto partiria de uma educação cívica, ambiental e tecnológica, de uma ciência de recursos e de um empenho real do Ministério do Ambiente em ser educativo e não punitivo.

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