Ide à merda!




Vitorino mandou o PS à merda. Era de esperar. Por várias razões.
Com a sua saída de Bruxelas perderia um cargo, o destaque e protagonismo como (quase) independente na cena política nacional. Ver-se-ia arrastado para a praça pública e a sua figura, quer queiramos quer não, seria bem diferente da actual. Teria que disputar eleições para a liderança do partido, haveria troca de mimos e corria o risco de não as ganhar. Para além disso, daqui a dois anos teria que disputar umas legislativas bem complicadas. O PSD tende a subir as intenções de voto, já que, com toda a certeza, tentará capitalizar os efeitos do aperto. Com toda a certeza os próximos tempos governativos serão bem mais agradáveis para os eleitores e as políticas a implementar tenderão a ser mais populares. O cenário torna-se mais complicado. Mesmo passando a líder do PS, se perdesse as próximas legislativas, não demoraria muito tempo a ter os chacais a mordê-lo. O Seguro e o Sócrates (sem falar dos infinitamente aborrecidos Soares filho e poeta Alegre) não podiam esperar muito mais tempo. Está a chegar a sua altura de dar o tiro a ver se mata. Sendo assim porque raios ia o homem deixar um lugar que lhe traz prestígio e reconhecimento para voltar a casa e ver-se metido em lutas e disputas que nada de bom lhe trariam? Assim, vai continuar o ser o D. Sebastião, o desejado que sairá do nevoeiro para salvar o PS do abismo. E vamos deixar passar mais uns anitos e veremos se isto não se confirma. Fizeste muito bem Vitó.