Viver é suportável?




Viver é suportável? E se não for será lícito que abdiquemos da nossa vida? Até que ponto somos donos e senhores, imperadores sem coroa desta vida? Não tenho dúvidas que em matéria da consciência existencialista acabar com a própria vida é a negação da morte como seguimento, logo negar o fim último. Poderá ser o suicídio a escapatória para o problema da morte, sendo este um contornar de uma situação ou será também um fim em si mesmo, sem nada de mais, logo igual à vida, tendo, como esta, a mesma legitimidade para existir e ser praticado? Mas sendo um fim sem realização (esta não é uma condição absoluta...) não será um fim errado e um consequente desperdício de tempo para viver sem sofrer ou sofrendo arrastar-se pela vida (não aparecerá então o suicídio como viável?).