2003/10/17

Arafat. Quem consegue governar com ele?




Já são duas figuras respeitadas e capazes para fazer a transição no estado palestiniano que se arredam por conflitos com Arafat. Será culpa deles? O coitado do Arafat será injustamente criticado quando tem promovido esforços reais para a transição de poder, para o estabelecimento de um governo palestiniano que realmente combata o terrorismo e se empenhe seriamente no processo de paz? E serão estes dois políticos palestinianos que se demitiram figuras que promovem a discórdia e são intransigentes na defesa do terrorismo como medida para obter ganhos para as negociações, na intransigência de um estado palestiniano autocrático e centrado na figura de um presidente, inflexíveis nos seus ideais de expulsão dos judeus da terra santa? Invertam-se os papéis e chegaremos lá. As duas figuras que se afastaram de Arafat eram publicamente reconhecidas e até Israel os achava capazes para o cargo. Tinham posições de prestígio na comunidade palestiniana, sem estarem ligados à violência do terrorismo. Mas foram afastados pelo patriarca do povo, um dos homens mais ricos do mundo, terrorista mor e dono de um prestígio populista digno de qualquer ditardozeco dos muitos que passaram pela nossa história.

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