2003/10/04

Dois excertos de terror e perversidade




À meia noite começa o sol a subir no nosso horizonte e portanto a repelir, levando de vencida, as trevas... o influxo maligno começa ao meio-dia em pino e termina das onze para a meia-noite, ou ao dar a meia-noite.


Teófilo Braga, O Povo Português, nos seus costumes, crenças e tradições.


Ah, se em vez de ser inferno, o Universo fosse um celestial e imenso ânus, (vede o gesto que eu faço aqui no baixo-ventre): eu meteria nele o meu coiso, enterrá-lo-ia no seu ensanguentado esfíncter e, com movimentos impetuosos rebentaria com as suas paredes laterais.


Lautréamont, Maldoror, 5-5

Sem comentários: