2003/07/09

Amor e Amizade




“ – Não – disse o principezinho. – Ando à procura de amigos. O que é que “estar preso” quer dizer?
- É uma coisa que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo.”


Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho.


Já sei que esta passagem é amiúde citada. No entanto, para mim, ainda é a mais bela definição dos estados de espírito citados no título, que alguma vez li. A propósito do título, não será que o verdadeiro Amor para se realizar em pleno terá que assentar nas estacas de uma grande Amizade, anterior (à) ou adquirida com a relação?

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