2003/07/07


Eles comem tudo e não deixam nada.


Fiquei pasmo quando à tempos ouvi a Dr.ª Nogueira Pinto, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a indicar o destino das verbas ganhas graças à concessão de jogos de fortuna e azar no território português. Com que então mais de metade das verbas (se não me engano 60%) destinam-se a ser gastas em Lisboa? E o resto do país? Os jogadores e fonte de receitas dessa entidade são maioritariamente de Lisboa? E falam em descentralizar e regionalizar quando até nestas questões sociais Lisboa rouba vilmente o resto do país. Resta dizer que a concessão à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é em exclusividade, logo esta detém o monopólio deste tipo de jogo. Porque não fazer como em Espanha que há uma entidade estatal a gerir o jogo que depois reparte com as várias comunidades de forma proporcional e justa. Para mim este injusto favorecimento de Lisboa em detrimento do resto do país é vergonhoso e próprio de um país repleto de auto-intitulados antifascistas que mais não são que umbiguistas da capital e para os quais Portugal é composto de Lisboa e o resto do país não passa de paisagem.

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