2003/07/20

Terrorismo




Nunca compreendi o que passa pelas cabecinhas de esquerda quando defendem a auto-intitulada luta pela pátria palestiniana. Aceito que a Palestina deva ser um país. Historicamente foram conquistados por Israel e já não estamos na idade média para a conquista militar legitimar qualquer ocupação. Logo, Israel deve aceitar um estado palestiniano livre e independente. Mas não concebo que a Palestina ganhe esse estatuto à custa do medo, da violência, em suma, do terrorismo. Como é que podemos pensar que os actos de terrorismo dos grupos extremistas palestinianos são uma luta justa pela pátria? E logo a seguir condenar as respostas israelitas como agressões militares contra uma população civil indefesa, inocente e desarmada? Em primeiro lugar, sempre que os israelitas ripostaram os alvos eram políticos (envolvidos no terrorismo) ou para-militares. Quando havia baixas civis estas eram por danos colaterais inerentes a qualquer guerra. E, os palestinianos estão em guerra com Israel. A diferença é que os israelitas travam uma guerra “honesta” com um alvo não-civil bem definido, enquanto que, os palestinianos matam indiscriminadamente qualquer judeu. É também de notar que muitos dos alvos abatidos eram tão humanos e sensíveis que se faziam rodear de escudos humanos, que geralmente eram crianças, essas sim inocentes. Quem são os criminosos neste caso? A juventude palestiniana é treinada desde a infância em campos de morte para um dia “sacrificarem” a vida num atentado. Mas, não serão estas crianças simplesmente condicionadas a fazê-lo, sem esta ser uma escolha consciente e racional das mesmas? Os atentados suicidas merecem uma reposta militar. Não por serem militares a praticá-los, mas por serem actos de guerra contra um país, crimes bárbaros e sanguinários contra alvos civis (e poucos militares) indefesos e socialmente evoluídos ao ponto de não responderem na mesma moeda, isto é, com bandos de civis armados, matando qualquer pessoa da população inimiga. Por serem respeitadores de valores sociais e civilizacionais deixam a resposta para quem está mais apto e disciplinado para exercê-la. E, se repararmos bem, nunca é desproporcionada. Os grupos palestinianos armados não merecem ser intitulados de soldados. Um soldado vai para a guerra e enfrenta outros iguais a si. Tem ordens, tem missões para cumprir. Não vai para matar civis. As suas missões não o destinam a causar o maior número de baixas indiscriminadas entre militares e civis da população inimiga.


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