2003/11/14

Teatro




O drama é um género da literatura que eu considerava menor. Sempre que o abordava era com a ideia deste ser o parente pobre da literatura. Este meu preconceito era tão mais marcante quanto nunca tinha lido qualquer peça dramática.
Bem, para tudo há uma primeira vez. Comprei há dias o livro Romeu e Julieta. Comecei a lê-lo por curiosidade, já que tantas vezes tinha visto citações deste livro e, para além do mais, era uma peça sobejamente falada e discutida, se bem que, muitas vezes fiquei com a impressão que quem a citava conhecia meia dúzia de falas e nunca tinha realmente lido o livro. Pois bem, eu li. E gostei, ou melhor, amei. Geralmente, acontece-me isto. Parto para a leitura cheio de preconceitos e descubro livros que me marcam, estilos que passo a adorar e devorar.
Já sabia aquela teoria toda sobre Shakespeare, quais as peças mais importantes, etc. Mas lê-lo, nada. Resolvi então começar e, depois do Romeu e Julieta, prossegui para Hamlet e acabei com Sonho de uma noite de Verão. Confesso que a que me marcou mais foi a primeira, mas, sentindo-me motivado pelas outras decidi partir para outros géneros. Foi assim que comecei a ler as tragédias gregas. Li Prometeu Agrilhoado, que sendo também primeira foi a que mais me agradou, Electra e Antígona. Voltei a mudar de género e cheguei às comédias de Molière com o seu Doente Imaginário.
E é por estes caminhos que tem andado o meu mundo literário, com drama, drama, drama...

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