2003/11/14

Sondagem da Visão. Uma lição de como a estatística pode ser politicamente usada.




Visão nº 557, 6 a 12 de Novembro
O texto que apresenta a sondagem para as legislativas é revelador. Entre outras pérolas, diz isto, É pequena a diferença que separa o PSD e PS, nas intenções de voto. Fica-se pelos 3 por cento. Um empate técnico, em especial se se tiver em atenção que só o grupo dos indecisos e dos que não respondem soma 17 por cento.
As sondagens são um instrumento que pode ser facilmente manipulável. Talvez por isso, a apresentação dos resultados é feita em caixas com informação reduzida e sem grandes explicações sobre o método e tipologia de perguntas que é feito. Ia apontar uma série de erros de interpretação e deturpação da verdade. Os resultados e interpretações estendem-se ao longo de 6 páginas, aparecendo na última, numa caixa de dimensões extremamente reduzidas, a ficha técnica. Esta, que é de vital importância quando analisamos a sondagem, está incompleta e mal elaborada.
Entre muitas faltas, há umas que me perturbam em particular, como sejam os critérios estatísticos que estiveram presentes na contabilização dos resultados da sondagem.

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