2004/04/16

Dia 4



Extra! Extra! Grande acontecimento na Parvónia!

O Ti Chico deu entrada com um processo inédito no tribunal da comarca que rege cá a Parvónia. Ora vejam lá. Não é que o raio do homem decidiu processar a Junta por esta não ter tomado medidas para evitar as geadas que lhe queimaram as vinhas? O Ti Jaquim, digníssimo Presidente da Junta da Parvónia, já reagiu dizendo que não era a Junta que devia ser processada, mas antes o Governo, já que o inepto (esta palavra é minha. O termo que ele usou, e que não pode ser reproduzido neste espaço foi bem mais vernáculo...) Ministro da Agricultura (mais uma substituição minha. Por lapso ele referiu-se a um ministro de outra pasta; a da Ingricultura) que não soube comunicar de forma conveniente com o Conselho Episcopal Português. Só esta entidade teria o divino poder de intervir junto de São Pedro, e desta forma, ter evitado tal catástrofe.

Como medida imediata o Ti Jaquim já prometeu que as verbas da Junta do orçamento de 2005 serão gastas numa peregrinação a Fátima, prevenindo futuras acções nos tribunais quanto à inépcia da Junta. Ainda a acrescentar a preservação das almas das gentes com a criação deste fundo mariano capitalizável, com uma taxa extremamente atractiva, 5% de terços rezados ao ano!!! Foram pulos e aclamações do chefe máximo. Mais uma vez esteve em grande. Sempre a pensar no futuro dos cidadãos. Como ele há poucos, infelizmente. Até o durão do Ti Chico se comoveu, e por obra e graça do Espírito Santo, perdão, de Nossa Senhora de Fátima, foi resolvida uma disputa que prometia, qual novo caso casa pia, arrastar-se em jornais e na barra do tribunal. Valha-nos Deus, perdão, Nossa Senhora de Fátima.

E assim se passou mais um dia desta (nem) sempre entediante vida na Parvónia.











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