2003/09/15

Conversas Ecuménicas




Os intervenientes nesta troca de ideias são um católico em fase de redefinição de valores religiosos e morais (F., sexo masculino, Português) e uma evangélica com definições religiosas rigorosas (A., sexo feminino, Brasileira).


A : Vou colocar um pouco de espiritualismo em você... Pode ser?
F : Não vais conseguir. Lembra-te. Deus morreu.
A : Mas ele ressuscitou, esqueceu?
F : Quem disse?
A : A história...
F : Não, a fé.
A : Também...


(...)


A : Só de religião, até parece que você gosta desta conversa...
F : Claro! É sempre bom esclarecer alguém...
A : Ah, e sobre o que você vai me esclarecer?
F : A igreja como decadência social e fonte de insanidade e atraso cultural para a sociedade contemporânea.
A : Também concordo, mas você tá falando do catolicismo... Insanidade acho que não...
F : Pelo contrário só o catolicismo contribuiu para a abertura de mentalidade.
A : Em que sentido?
F : A evolução tentando explicar os primeiros conceitos científicos e político-culturais como avanços sociais.
A : Você confundiu minha cabeça vou ser bem sincera...


(...)


A : Eu disse que não entendi a sua colocação, em relação à importância do catolicismo na abertura da mentalidade humana...
F : Quem pode ignorar o avanço sociológico que foi o catolicismo?
A : Ah, tudo bem, mas você há-de convir que o catolicismo também monopolizou bastante, sem deixar que os homens tivessem liberdade de expressão.
F : Não acha que as novas religiões (dentro do novo paradigma sociológico mais liberal) conseguem oprimir ainda mais os seus fiéis.
A : Não. Porque você acha isso?
F : Os credos são mal definidos.
A : Como assim?
F : Não há suporte histórico para essas religiões. Além do mais não religião paralela que não exija dinheiro aos fiéis. E friso EXIJA.
A: É uma discussão e tanto esta que nós teremos se continuarmos nesse prisma...

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